San Blas: o paraíso panamenho
NOSSAS VIAGENS
Deguide = Olá!
Ella despidió a su amor
Él partió en un barco en el muelle de San Blas
Él juró que volvería
Y, empapada en llanto, ella juró que esperaría
♫♪♫♪♫♪


San Blas é um arquipélago do Panamá que está cada vez mais famoso nas redes sociais, mas não pela música do Maná (esse San Blas é no México), mas porque foi aqui que a Tokyo e o Rio, de La Casa de Papel, foram curtir seus dias de paz. Então, viemos para cá também!
Lar dos índios Guna Yala, San Blas possui 365 ilhas, destas, 49 são habitadas. Algumas ostentam praias paradisíacas, já outras se resumem em alguns coqueiros perdidos em meio ao azul do mar.
Nossa viagem para San Blas foi depois de termos conhecido a Cidade do Panamá (clique aqui para saber como foi), e chegar aqui foi uma aventura à parte. Primeiro, cortamos o país de um lado a outro em uma viagem de duas horas e meia de carro (com muitas, mas muitas curvas). Depois, mais uma hora e meia de barco (com um mar lindo, porém bastante agitado) até chegarmos no nosso paraíso particular.
Por ser um destino turístico novo na internet, há poucas informações sobre as ilhas. Nós tivemos que pesquisar muito para conseguir entender como San Blas funcionava, visto que são poucas ilhas possíveis para se hospedar e sem contato disponível com o dono da hospedagem. Como são os índios os donos das ilhas, a comunicação com eles é intermediada pelas agências de turismo. Por isso, o jeito mais fácil para conseguir vir é usando essas agências panamenhas.
Mas além da opção de ficar nas ilhas, nós encontramos também a possibilidade através do airbnb de alugar uma hospedagem num veleiro. Decidimos pela experiência do veleiro, e o anfitrião se encarregou de conseguir desde o transporte terrestre até o barco para chegar na nossa casa flutuante.








Nosso primeiro dia foi de chuva e muitas nuvens, mas nem por isso San Blas perdeu seu brilho. A água é azulzinha, mesmo sem sol. Aproveitamos para fazer snorkel e nos surpreendemos com a enorme barreira de corais que existe aqui! No fim do dia, ainda tivemos o privilégio de ver o sol aparecer por alguns minutos e nos presentear com um lindo pôr do sol. E quando a noite chegou e tudo ficou um breu, éramos só eu, meu amour, o céu escuro e o barulho do mar. Parecia um sonho!
No segundo dia o sol apareceu e deixou tudo ainda mais lindo. Conhecemos várias ilhas, e nos apaixonamos ainda mais por esse lugar. O mar é tão lindo, tão azul, tão perfeito, que dá vontade de morar aqui! Alguns lugares não pareciam reais, e sim uma montagem de photoshop, de tão colorido e lindo.






As ilhas têm pouquíssimos moradores, às vezes apenas uma família guna yala, todos simpáticos e prestativos. E descobrimos curiosidades interessantes por aqui. Por exemplo, apesar de não ser um país, é um governo independente do Panamá; não se pode vender nenhuma ilha para estrangeiro, os donos das ilhas são apenas os índios guna. Até para os veleiros que rodam a região é preciso uma autorização para “morarem” por aqui. E apesar de estarmos muito longe do continente, a internet funciona aqui e pudemos nos comunicar com familiares e amigos.
Mas não espere luxo ao vir para cá. Algumas ilhas até possuem mais estrutura do que outras, mas em geral, a vida aqui é simples. A água é limitada, os banheiros são compartilhados, e as duchas geralmente são externas. Não há restaurantes, apenas um quiosque dos próprios moradores que servem o tradicional PF (prato feito) com frango ou peixe. As hospedagens nas ilhas são cabanas ou barracas. No veleiro também não é muito diferente. Além do balança-balança, o espaço é apertado e o consumo de água bem reduzido.
O maior luxo aqui é ver o sol nascer entre as ilhas, tomar banho num mar azul translúcido, mergulhar e ver um mundo cheio de vida debaixo da água, e depois de um pôr do sol no mar, ver o céu escurecendo e as estrelas dando seu show à parte. Esse foi nosso maior luxo, e amamos!














Curiosidade: Em San Blas tem um grande navio atolado na areia que virou atração turística. Os moradores locais nos contaram que o navio veio ajudar um catamarã que estava atolado; mas ao passar naquele local a noite, não se deu conta de onde estava e também atolou. O catamarã conseguiu sair, já o navio está aqui já fazem oito anos.
Dica extra: Algumas empresas oferecem bate e volta do Panamá para San Blas, mas não aconselhamos vir e ficar apenas um dia. O trajeto é longo e cansativo, e o lugar bonito demais para ficar apenas algumas horas. Fique pelo menos um dia inteiro e uma noite, para conseguir vivenciar todos os momentos do dia aqui. E quando vier, traga uns lanchinhos extras, e água para beber.
Nossa opinião: San Blas parece ter sido desenhado a mão. Nem estando ali ao vivo conseguimos mensurar o quão linda ela é. Que experiência deliciosa passarmos alguns dias juntos vivendo nesse lugar surreal. Vale muito a pena atravessar o Panamá e vir conhecer essas ilhas, do mar muito azul.
Nueganbi! = Obrigada!